Caracterizada por ser uma equipe aguerrida e competitiva, o Fluminense Rivera classificou-se para a final da Copa do Mundo de Amadores, após um jogo bem disputado contra o Atlântico, de Florianópolis (SC). O confronto ocorreu às 17h, no Estádio Antunes, no Centro de Futebol Zico, e acabou empatado sem gols, o que levou a decisão para os pênaltis.
Os uruguaios, representados por Rivera, Sant’Ana do Livramento e Santa Maria, entraram em campo com alguns desfalques – atletas lesionados, juntamente com a necessidade de preservação física. Os comandantes optaram por escalar uma equipe onde a principal característica fosse a velocidade.
“Optamos por novos jogadores, pois preferimos entrar com uma equipe veloz e marcadora. As lesões nos tiraram várias alternativas, também, mas mantemos nosso espírito vencedor e sempre respeitando o oponente”, destacou o auxiliar técnico, João Vagner Pereira.
Entre os titulares, estiveram: Eron Elias da Rosa (goleiro); Ariel Cuña (lateral esquerdo); Adilton da Costa (zagueiro); José Galarça (zagueiro); Heleno Brezolin (lateral direito); Miguel Martinez (volante); Richard Lopez (volante); Edinho David (meia atacante); Sérgio Lima (meia atacante); Henry Lopez (atacante); Claudio Trindade (atacante).
Para o zagueiro Galarça, a dimensão do confronto estimula os ânimos da equipe na busca pelo título: “Já estive em outras copas, e hoje temos a possibilidade de chegar em uma final. Nossa equipe está bastante unida, vamos buscar a vitória a todo custo”.
Daniel Giorello, diretor do clube, acrescenta que a fraternidade e princípios de grupo agem como decisivos na chegada às semifinais: “Não esperávamos chegar tão longe na competição. Mas, somos uma equipe forte e estávamos preparados para mostrar a nossa competência. A união e consciência vencedora do grupo fazem a diferença”.
A partida foi digna de uma semifinal de Copa do Mundo. Um jogo disputado, onde as duas equipes propuseram atacar, ao exigir atenção dos setores de defesa. A melhor chance do Flu-Rivera nos 60 minutos foi na primeira etapa – lance frontal, e após a finalização de Henry, o defensor catarinense afasta em cima da linha. Um dos personagens para garantir o empate em tempo normal foi Eron, nome de uma grande defesa dentro da pequena área. O sistema defensivo sobressaiu-se, igualmente, pelo entendimento coletivo frente à marcação e aniquilações dos ataques adversários. Destaques para Galarça, Adilton, Heleno e Ariel.
Após começo da segunda etapa, entraram: os meias, Marcelo de Los Santos (meia atacante) e Héctor Lara (meia atacante), no lugar de Galarça e Edinho; Fabián Freitas (atacante), na vaga de Claudio (Garden); Aureo Bastos (lateral direito), por Heleno; e Jesus Acosta (lateral esquerdo), para a saída de Ariel. Junto às propostas táticas de cada equipe, o Flu-Rivera criou mais oportunidades de gol. Entre Henry, Edinho, Garden e Richard, as transições buscaram explorar os corredores com Ariel, Aureo, Ariel e Jesus, com trocas de passes e jogadas em profundidade.
Empate sem gols em tempo normal e a decisão foi para as penalidades. A ordem para os cobradores foi definida em: Marcelo, Adilton e Richard – três cobranças de acordo com o regulamento. Marcelo e Adilton converteram com chutes fortes no canto esquerdo e direito do goleiro, respectivamente. Na última cobrança do Atlântico, Eron fez excelente defesa de bola em meia altura na esquerda da meta, deixando a responsabilidade com Richard. O uruguaio finalizou a série garantindo a classificação do Flu-Rivera para a final da Copa do Mundo de futebol amador. “Eu queria bater o último, já tinha em mente onde queria finalizar. Graças à defesa do Eron, pude ir mais tranquilo para a cobrança e converter a penalidade. Agradeço a todos atletas do grupo”, pontuou Richard, autor do gol da classificação.
O treinador Danilo da Fontoura ressaltou a técnica e a velocidade do time como pontos diferenciais na qualidade tática dentro de campo: “Nosso espírito de equipe estava muito forte hoje. Falei com o pessoal na preleção. Conseguimos a final inédita para Rivera, Livramento e Santa Maria”.
Antes do término do tempo normal, Henry cometeu falta e foi expulso. A advertência acarretou a suspensão do jogador para a final do mundial, que ocorrerá nesta quinta-feira (2), também no Estádio Antunes, às 22h45min, contra o Real Mangaratiba – time que venceu o CEPE RIO na outra semifinal, por 3 a 0. O clube fazia parte do Grupo B, junto do Flu-Rivera. Quando se enfrentaram pela primeira vez, empataram em 0 a 0. A decisão terá narração da Laranjeiras Rádio.